sexta-feira, outubro 28, 2005

Comunicado

A todos os meus fãs, leitores e admiradores:

Vejo que o contador do "Farpas a Todos" ultrapassou o nº 1000 - A todos os "cliques": Obrigada!
Informo que o meu cérebro encontra-se em reestruturação. Peço desculpa pelo incómodo de terem que viver sem as minhas palavras. Prometo ser breve. Os neurónios disfuncionais serão eliminados com precisão.

quinta-feira, outubro 13, 2005

Por aqui se vê que não há nada a fazer...

Conclusão da Irrelevância Relevante

Apesar de eu ser intemporal e não ter a capacidade de empacotar pessoas pela faixa etária, gostei das inúmeras pessoas que se lembraram de mim…se as souber conservar e se ganhar amizades a este ritmo, vou ter um funeral em grande…não chego a uma Amália ou à Madre Teresa, mas já dá para animar a festa!

Coisas Relevantes

A título de reconhecimento aqui vai: a todos os mimos, atenções, telefonemas, mensagens, sorrisos, abraços, emoções, jantares, gin’s e presentes oferecidos aos meus 27 anos – Um reconhecido e emocionado agradecimento.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Coisas Irrelevantes

Entre o último “post” e este, segundo consta tenho mais um ano, o que faz toda a diferença ter 26 e passar a ter 27. Estou absolutamente na mesma.
Eu percebo que a Humanidade precise de números, de raças, estilos, catálogos, inventários, classes, categorias, organigramas e afins, para se orientar…mas isto de atribuir um número em constante crescimento é desnecessário. Se analisarmos as consequências de ter idade numérica, percebemos que esta existe apenas para nos alertar daquilo que devemos ou não fazer, daquilo que podemos ou não podemos, das doenças prováveis e dos condicionamentos que esta implica conforme avança.
Escusam de pensar que estou a ser idiota e não me venham falar da idade biológica e do envelhecimento das células porque a idade em estado numérico nem sempre condiz.
Falo-vos disto e embora tenha feito 27 anos no dia 8, e apesar de continuar com 27 anos no dia 10…continua a ser indiferente. Sei que é sempre confortável em termos sociais dizer o nome, a idade, a profissão e quando se diz que estamos nos “vintes” ou “trintas” as pessoas partem do princípio que é óptimo, que estamos no “melhor da vida”…mas nós também temos desilusões, dores nas costas, consultas médicas, dívidas e problemas…então o que é que nos distingue de uma pessoa de 50 anos? Lá vem a resposta fácil: a maturidade, a vivência e a experiência. Pergunto eu: quem é que nos garante que uma pessoa de 50, 60 ou 70 tenha mais maturidade, experiência ou vivência? Nem todas as pessoas sabem conduzir a sua vida da melhor forma.
Apesar da loucura residente desta Farpas que vos atormenta, acreditem que viver de acordo com uma condição numérica só nos bloqueia. Perdem-se experiências fantásticas por fronteiras temporais, condicionam-se amizades, relacionamentos, aventuras, viagens, decisões e cumplicidades.
Nada me impede de ser responsável, de ter maturidade e de tomar decisões importantes aos 27…mas também ninguém me vai impedir, de me meter num Safari e desafiar um leão quando tiver 70…porque sou eu e não uma ordem numérica simples…tão simples e diminuta comparada com a vida e com as pessoas que me rodeiam e de que tanto gosto.

domingo, outubro 02, 2005

Electrodoméstico Dispensável

Hoje resolvi dar uma oportunidade à televisão, olhei para ela e tive pena daquele écran surdo-mudo e em luto constante. Já me arrependi. Fui logo confrontada com uma aberração de programa, um esquadrão qualquer com cinco parvo-alegres de espécie não identificada, a correr atrás de um mastodonte com 116 kilos de músculos e 54 de Q.I. Parece que o mastodonte passava a vida num ginásio a olhar para aquela massa espongiforme e esqueceu-se que tinha família.
Muito sinceramente era melhor que ninguém o tivesse relembrado…mas qual é a mulher que atura um calhau vivo? E aquela pobre criança que tem um pai que só serve para a assustar e eventualmente forçá-la a comer a sopa…à falta de um bicho-papão mais simpático.
Lá tive que ir beber uma água das pedras, daquelas levíssimas e atacar os Kompensan…realmente ver aquelas 5 gazelas desvairadas a correr atrás do mastodonte, o mastodonte a ser transformado em bisonte educado, a mulher a dançar a valsa…Feliz da criança que já dormia.
Como um mal nunca vem só…e porque mudar de canal traz sempre consequências, lá tive que encarar mais uma afronta. Refiro-me agora a um bando de anormais vestidos de tropa, a brincar às guerras. Quando o sistema de defesa militar serve um reality-show, já nada me surpreende, muito brevemente deveremos ter um bando de candidatos a brincar às presidenciais, e já agora o governo podia ceder o Palácio de Belém para cenário. Deixo mais uma sugestão, inventem outro com juízes e tribunais…assim também podem brincar com a Justiça e fica o ciclo completo.
Não sei se vivo num País, se na Feira Popular. Continuem a “estupidificar” as massas, a ocupá-las e a distraí-las daquilo que é realmente importante. Esta democracia encapotada é de um requinte extremo, continuamos a viver de uma elite bem informada que controla e gere (como o faz, não se sabe) o País, as opiniões e a iliteracia do povo português.
Já pensei converter a televisão em aquário, pelo menos os peixes não têm memória, são desinteressantes…mas não prejudicam.