quarta-feira, julho 27, 2005

Casamentos Devolvidos

Resolvi fazer umas compras, dar boas novas ao roupeiro que há muito tempo vê as mesmas coisas penduradas. Inspirada pelos saldos e de carteira apoiada, pelos sempre fantásticos e generosos avós, fiz uns investimentos. Como não podia deixar de ser, a tagarela da Farpas lá meteu conversa com a empregada da loja, que de forma paciente tentava dissuadir-me a “vestir-e-despir” as possíveis aquisições. Apesar de muito simpática e persuasiva, resolvi arriscar e comprar sem vestir…confesso que é das piores coisas que me podem fazer…mais…só não vou tomar café de pijama porque ainda não tenho o estatuto de louca absoluta.
Tudo isto para vos contar o seguinte: os Casamentos obrigam a devoluções. Passo a explicar:
Segundo consta parece que temos outra moda, a de cancelar casamentos. As tias e os amigos compram as vestimentas e acessórios em função dos ditos. Algumas até procuram roupa de Outono, e acabam por comprar vestidos deslumbrantes que ficam condenados à devolução, porque a noiva se arrepende profundamente de casar com o Fábio Vanderlei. O Fábio por sua vez, descobre que a futura sogra faz magia negra e tinha o ex-genro representado com o boneco, em estilo espantalho, com um machado enterrado na cabeça! A Tia Hortência lá foi devolver o “vestido folhareco”…lavada em lágrimas, conta que era o 3º casamento do ano a ser cancelado.
Depois temos a segunda parte da história, aquelas que usam e devolvem. Esta já é muito antiga, mas é sempre bom recordar. Compram, usam e depois devolvem, até porque um vestido para um casamento é sempre deprimente por muito bom gosto que tenha.
Moral da História: a devolução de vestidos de casamento é o índice mais fiável para uma futura estatística de casamentos cancelados.
Vivemos de forma volátil e desprendida, casamentos anulados, divórcios constantes, casamentos instantâneos, divórcios reconsiderados…Meus Caros: Viver a dois não é propriamente um investimento na bolsa!